segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Bombeiros Sempre


Desde a última semana, aquando do incidente entre os Bombeiros Voluntários de Favaios / Alijó e o CODU, tem sido amplamente divulgado todo este acontecimento nos diversos meios de comunicação: jornais, televisão, internet, rádio …
Em primeiro lugar gostaria de chamar a atenção para a falta de educação e arrogância da operadora do CODU para com as pessoas que receberam a chamada, tanto nos Bombeiros Voluntários de Favaios como de Alijó.
Um serviço que seria da competência do INEM, uma vez que como o nome indica as corporações de bombeiros não passam de voluntários, e apesar da boa vontade destas pessoas que se disponibilizam a ajudar os outros, a verdade é que são, muitas vezes pessoas sem formação na área da saúde e que arriscam muitas vezes as suas vidas sem pedir nada em troca, onde o lema “Vida por vida” é levado até às últimas instâncias. Enquanto que, por outro lado temos no Inem, equipas profissionalizadas, remuneradas 24h por dia. Tenho pena que as pessoas nem sempre saibam dar valor, porque através dos meios de comunicação pareceu que a única responsabilidade era única e exclusivamente das corporações de bombeiros.
É íncrivel como há este facilitismo na nossa sociedade, onde se fecham urgências sem antes preparar devidamente os serviço de socorro, ou seja os serviços de saúde estão cada vez a ser mais centralizados e as populações do interior vão com o tempo perder o fácil acesso à saúde.
Como foi possível as entidades competentes fecharem o Sap de Alijó, sem antes providenciarem a deslocação de uma ambulância do INEM (suporte básico de vida) para aquela localidade? Na ânsia de apertar o cinto acabou-se por pôr, e passo a citar “o carro à frente dos bois”. E como seria de esperar é mais uma vez a população que sai lesada, embora se diga que tudo isto é em prol da mesma.
É triste que muita gente se esqueça que os Bombeiros são uma corporação de homens e mulheres que se voluntarizam para ajudar os outros sem esperar nada em troca. Eles estão ali 24h por dia, 365 dias por ano, onde são “pau para toda a obra” (é preciso abrir uma porta, há uma inundação, cai uma árvore, há um acidente rodoviário, um incêndio urbano ou florestal) e quem vale nessas alturas são de facto os bombeiros.
O que venho apelar é que se reflicta e se tenha mais respeito por estes homens voluntários que são primeiro de tudo humanos, que troco de nada muitas vezes deixam as suas famílias para ajudarem quem mais necessita deles honrando sempre o seu lema


VIDA POR VIDA